Não foi preciso pensar nem meia vez para definir qual seria a postagem de estreia da parte voltada à Arte aqui no blog. Wolfgang Stiller e sua exposição Burnout foram a primeira e única escolha.
Homens-fósforo desolados, queimados, esgotados; esta foi a analogia criada pelo artista plástico alemão para representar um dos maiores maus da humanidade contemporânea: o estado crônico de estresse - definido pelo médico norte-americano, Freudenberger, como Síndrome de Burnout. A inspiração, propriamente dita, surgiu enquanto Stiller morava na China e ao observar os milhares de operários que construíam o estádio olímpico de Pequim.“Depois de 16 horas diárias de trabalho, estavam acabados”, disse o artista em uma entrevista.
A exposição que veio a São Paulo no dia 04/07 e fica até hoje (29/07), às 19hs no MuBe - Museu Brasileiro da Escultura, conta com dez instalações, todas reproduzindo palitos de fósforo de diferentes tamanhos, entre 1,40 e 2,10 metros, e cabeças humanas, cujas faces usam pessoas reais como molde. A mostra exibe também 26 desenhos em aquarela do artista.
Com artistas como Wolfgang Stiller e mostras como essa é que somos levados a pensar se existe algo mais fascinante do que Arte. E para os que, assim como eu, já trabalham, fica mais fácil de compreender o conceito representado nas obras do artista.
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