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sábado, 31 de março de 2012

Sessão Cult: Deixe-me Entrar

Por Anna Brasileiro


''O melhor filme de vampiro de todos os tempos.'' Emmet Williams, Washington Examiner.

''O melhor do gênero desde 'Nosferatu', de Murnau.'' Paul Constant, The Stranger.

''Uma obra prima.'' Joseph B. Mauceri, Fears Magazine

''Delicado, assombroso e poético como você nunca viu igual... Um conto de fadas arrepiante.'' Guillermo Del Toro, diretor de O Labirinto do Fauno

E essas são apenas algumas das citações referentes a esse verdadeiro cult do terror vampiresco, filme que servirá para darmos o ponta pé inicial nessa coluna destinada aos amantes de um bom filme!

Em 2009, o diretor sueco Tomas Alfredson levou para as telas de cinema o roteiro adaptado do livro de John Ajvide Lindqvist, o brilhante Deixa Ela Entrar. O thriller sueco rodou os principais festivais de cinema ao redor do mundo e foi considerado por muitos cineastas o melhor e mais original filme do ano. E como de costume, depois de todo o destaque que obteve, não demorou muito para surgir a versão hollywoodiana do filme, que ficou por conta de Matt Reeves, diretor de Cloverfield e foi o primeiro projeto de ressureição do Hammer Films, estúdio britânico que se destacou nas décadas de 1960 e 1970 por seus filmes de terror, como por exemplo a famosa cinessérie protagonizada por Christopher Lee, O Drácula. Partindo desse ''detalhe'', já temos a garantia de uma ótima narrativa e muita sanguinolência (sem se tornar trash, é claro!).

Owen (Kodi Smith-McPhee, o filho em A Estrada), é um garoto de 12 anos extremamente solitário, que apresenta um comportamente violento devido ao meio em que vive; pai ausente, mãe religiosa fervorosa e alcoólatra e colegas de colégio que o perseguem, sendo assim, uma vítima diária de bullying. Sua rotina muda quando Abby (Chloe Grace Moretz, a atriz mirim do momento, Hit Girl de Kick Ass) se muda para o apartamento ao seu lado e chama a atenção do garoto devido ao seu comportamente estranho - como andar com poucas roupas e descalça na neve - e logo no primeiro encontro, fala que não pode ser amiga de Owen, mas mesmo assim, os dois acabam criando afeição um pelo outro. O que ele não imagina é que Abby, na verdade, é uma vampira que com a ajuda de seu ''pai'', mata e vive de sangue humano.


Esqueça tudo o que você já viu em Crepúsculo, True Blood, Vampire Diaries e afins. Vampiros, definitivamente, não são cool, glamourosos e apaixonados. Muito pelo contrário. E nas duas versões, tanto na original sueca quanto no remake americano, você não verá uma espécie de Van Helsing perito em vampiros atrás de Abby ou as duas crianças formando um casal que fará o amor triunfar à la desenhos da Disney, pois a história se dá de forma realística, como se pudesse realmente acontecer no nosso mundo, sem se deixar levar por romantizações.

Não é a toa que Deixe-me Entrar está indicado no livro 1001 Filmes Para Ver Antes de Morrer. E para quem, assim como eu, decidiu passar o final de semana em casa, embaixo das cobertas e de frente para tv, essa é uma ótima oportunidade para assistir um filme original e maravilhoso, com um enredo de muito suspense, cenas aterrorizantes e emocionantes, e um final acima de expectativas óbvias. Indico também a versão original que é brilhante, e é claro, o livro que pelo que eu comecei a ler, parece ser bem mais profundo e assustador do que as versões cinematográficas.

Depois de assistirem, contem para nós por comentário ou por formspring o que acharam. Um ótimo final de semana para todos!

Beijos,

Anna Brasileiro.

2 comentários:

  1. Eu sugiro ver o original sueco, o "Owen" parece mais uma criança e não um psicopata com uma máscara igual na cena do espelho, não que ele não vai ser um né? Haha

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  2. Coitado, não é mesmo! Hahaha só sofria naquele colégio... E particularmente tive uma leve preferência pela versão sueca :)

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